100% estatística
61% do detergente que uso é para a máquina
3% do arroz que comi estava no fundo do tacho
89% dos pássaros gosta de voar
1% do ar que respiro vai para o estômago
51% do pó que aspiro volta para o mesmo chão
100% das vidas sem sentido acaba em morte
58% dos comandos de televisão avariam na tecla 1
78% dos animais são nossos amigos
89% das pessoas que lêm isto olham para um monitor
62% dos condutores de autocarro não olha para os passes
67% da minha oralidade são disparates
67% da minha escrita são disparates
38% dos chineses está de pé
33% do que se diz não é ouvido
4% do alcatrão nunca foi pisado
7% dos verbos são feios
23% das praias são nos rios
6% do peso do elefante tem a cabra
3% do arroz que comi estava no fundo do tacho
89% dos pássaros gosta de voar
1% do ar que respiro vai para o estômago
51% do pó que aspiro volta para o mesmo chão
100% das vidas sem sentido acaba em morte
58% dos comandos de televisão avariam na tecla 1
78% dos animais são nossos amigos
89% das pessoas que lêm isto olham para um monitor
62% dos condutores de autocarro não olha para os passes
67% da minha oralidade são disparates
67% da minha escrita são disparates
38% dos chineses está de pé
33% do que se diz não é ouvido
4% do alcatrão nunca foi pisado
7% dos verbos são feios
23% das praias são nos rios
6% do peso do elefante tem a cabra
7 Comments:
E as vidas com sentido acabam em quê?
o que é uma vida sem sentido?
o que é uma vida com sentido?
responde e terás a resposta
Mas têm fins diferentes?
Quer tenham ou não sentido?
Bravo, Bravo! eu acrescentaria apenas um "n"
Sentindo!
Como uma brisa quente de verao!
Como uma estalada!
Como... como... comendo.
O gerundio e' imperativo!
O fim pode ser diferente, mas a morte é o mais provável.
Levar uma vida de acordo com o que sentimos parece-me bom. Mas, até aí, penso que o final mais provável, é a morte.
E aí gostava de não ter o gerúndio como imperativo. Prefiro a morte de estalada.
Devia morrer-se de outra maneira.
Transformarmo-nos em fumo, por exemplo.
Ou em nuvens.
Quando nos sentíssemos cansados, fartos do mesmo sol
a fingir de novo todas as manhãs, convocaríamos
os amigos mais íntimos com um cartão de convite
para o ritual do Grande Desfazer: "Fulano de tal comunica
a V. Exa. que vai transformar-se em nuvem hoje
às 9 horas. Traje de passeio".
E então, solenemente, com passos de reter tempo, fatos
escuros, olhos de lua de cerimônia, viríamos todos assistir
a despedida.
Apertos de mãos quentes. Ternura de calafrio.
"Adeus! Adeus!"
E, pouco a pouco, devagarinho, sem sofrimento,
numa lassidão de arrancar raízes...
(primeiro, os olhos... em seguida, os lábios... depois os cabelos... )
a carne, em vez de apodrecer, começaria a transfigurar-se
em fumo... tão leve... tão sutil... tão pòlen...
como aquela nuvem além (vêem?) — nesta tarde de outono
ainda tocada por um vento de lábios azuis...
Jose Gomes Ferreira
Sem por cento.
Sem pôr acento.
Cem por assento.
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