terça-feira, abril 04, 2006

Também vou!

(é grande mas não demora nada e tem sonhos incluídos)










Li esta reportagem e voltou-me uma dúvida com alguns anos. Todas estas pessoas falam da nova vida que têm em relação a uma antiga. Parece que se mudaram mas que um pedaço, não muito pequeno, deles continua aqui, em Portugal.
Será, então, que tem sentido viajar e não voltar? Sair e nunca mais ter o confronto do que somos com o que éramos? Ou que saindo e nunnca mais voltando acabamos por nos descobrir como aquilo que se mantém inalterado em cada país, em cada cultura, em cada situação?

Vamos tirar um tempo e vamos viajar.

viajar: fazer a via

3 Comments:

Blogger Raul said...

Teria 1001 coisas para comentar, mas vou singir-me ao essencial! Acho que todas as pessoas que partem deste país acabam sempre por cá 'ficar', no sentido que ja têm uma história que as liga a esta terra, vivências, a familia, um amor, uma cidade. Tudo isso parte com elas e essa conecxão telúrica não pode ser quebrada. Portanto segundo o meu ponto de vista, viajar sem voltar não faz parte dos meus planos e penso que muito pouca gente o consiga fazer. Viagens de longa duração? Sim por favor, é uma para a mesa 6!
Utilizando já a formação sociológica que disponho, posso dizer que se viajares e estiveres em contacto com outra(s) cultura(s), certamente que voltarás diferente do que partiste! É essa a beleza de viajar, ver que existem outras coisas para além do que tens pré-concebido. Sim, existem sociedades que não sabem o que é bluetooth, wireless, broadband, dvd, sms, mms, televisões HD, e 3ªs gerações de telemóveis que já tiram cafés.
Tive o prazer de ter ido recentemente a Cabo Verde e ver um país em que a pobreza é geral, mas onde a felicidade é palavra de ordem. Pessoas que na sua simplicidade não sabem o que é inveja e mau olhar e que ainda se podem orgulhar de ter as suas vidas ditadas pela música, dança, sorrisos, amizadade e muito muito bom coração!
Zé, meu caro amigo. Quero ir dar a volta ao mundo de carro e ver quanto custa um litro de gasolina na Rússia, quero sentir, cheirar, saborear, tocar em tudo o que for diferente. Quero ouvir linguagens desconhecidas e ver raças destintas.
Quero acreditar que ainda é possivel unir a Europa á Asia e esta ás Americas. Esta viajem vai ser marcante e por isso te digo que "Também vou!"
Mas, como já mencionei, eu acho q o melhor das viagens...é voltar. Voltar e veres as diferenças em ti. Tudo o que viste e aprendeste! Veres as coisas com outros olhos,de outra perspectiva, a prespectiva de quem viu muita coisa e já percorreu muitos kms...quantos mais kms, mais sabedoria!
Deixo então uma pergunta para não me desenvolver mais:
Será que viajar é a melhor aula que tu alguma vez possas assistir? Quanto mais longa a viagem melhor a lição?

4/4/06 21:29  
Blogger B. said...

Não me quero conhecer totalmente de outra maneira, não vejo sequer como é possível acharmos que nos conhecemos profundamente, sem conhecer tudo o que queremos que nos rodeie, a viagem é nossa, o sonho é de todos, vida com vocês pode só haver esta, não quero perder mais nada nem mais tempo, a viagem é nossa, o tempo também, vamo-nos conhecer, juntos.

7/4/06 14:39  
Anonymous Anónimo said...

Vamos juntar as duas coisas.
Viajar não implica abdicarmos de nos conhecermos uns aos outros e prendermos e vivermos em conjunto. E se viajassemos, por vezes, juntos?
É bom ir. Achamos que vamos lá ficar, que faz sentido começar de outo ponto, de criar tudo num cenário diferente. Percebemos depois (ou não) que temos que partilhar com Aqueles. Queremos dar os bons dias à sra velhota que acorda à hora de irmos para as aulas e vai passar o cão de robe, que o barulho das obras é o nosso despertar, que o quarto sem nós próprios não é mais que um espaço...
Viajar pode ser uma aula mas não para assistir mas sim para participar! O tempo não fará a qualidade.
Com a vontade de ir e de voltar me depeço. Daqui a umas horas estarei no Brasil. Certo que vos levo comigo e que vos trago comigo.
BJI
SAUDADES
M

11/4/06 08:10  

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