segunda-feira, setembro 11, 2006

11 de Setembro

Neste dia, 11 de Setembro, vou relembrar uns dados...


6 Agosto de 1945
Hiroshima : 221.893 mortos! É este o total (oficialmente reconhecido) das vítimas da bomba H

9 Agosto de 1945
Nagasaki : mais de 200 mil civis são mortos através do proibitivo ataque com bombas atomicas

1958 - 1975
Vietnam : "Morreram gajos pa caralho". Só do lado americano foram 50 mil soldados. Como são todos umas bestas ninguém se deu ao trabalho de ver quantos vietnamitas morreram.


Obviamente que estes dados são derivados de guerras e não de actos terroristas, actos esses que considero altamente condenáveis. Não quero de qualquer forma dizer que não tenho pena e respeito pelas 3000 mil pessoas que desapareceram no pó das duas torres, 5 anos atrás. Cada vez que vejo as imagens e ouço as historias fico chocado com a tamanha violência de todos os acontecimentos.

Mas...

Mas simplesmente não consigo afastar a ideia do incrivel número de mortos que as guerras, que mencionei, fizeram. Não existe no mundo um 6/8 ou um 9/8, pois não? E os americanso só não têm um feriado no dia em que ganharam a guerra do vietnam porque não foram capazes de o fazer.

Será a nossa memória tão curta para esquecer que muitos mais morreram por estupidez ou simples falta de interesse por parte de pessoas que estavam em posições de poder?

Peço desculpa, mas não consigo perceber o "fenómeno" '11/9'. Não, não o considero como um dos maiores desastres...não o consigo ver dessa maneira!

4 Comments:

Blogger B. said...

o terrorismo dá muito jeito, e gere muito medo. a queda das torres foi sem dúvida o símbolo do terrorismo moderno, mesmo que tenha morrido mais gente noutros ataques (que sem factos na mão, dúvido) este foi sem dúvida o mais marcante porque a destruição física é muito forte a nível de imagem. isso marca as pessoas, e repito, dá jetio lembrar destas coisas para manter gastos e guerras. não vai parar nunca, apareça morto o bin laden ou o lin baden, jamais pára. o orçamento em armamento tem de ser justificado de alguma forma, se não há guerra ao terrorismo, há guerra a outra coisa qualquer.

não acredito na mudança, nesse aspecto sinto-me sem forças. gostava q me abrissem os olhos e mostrassem q é possível.

ajuda?

12/9/06 01:20  
Blogger Virgin Mary said...

Claro que o 9/11 não é a maior tragédia de todos os tempos. Claro que nas guerras morreram muito mais pessoas. A diferença? O 9/11 deu em directo na tua televisão. " E se aparece na TV...deve ser verdade..." A memória colectiva é curta. Daí que não mencionemos as outras datas catastróficas. Mas o 9/11, para além de ser o acontecimento mais recente, deu em directo. E isso basta. O ser humano é um ser visual.

12/9/06 16:17  
Blogger ZéB said...

razé, tenho de começar com uma correcção: os americanos não ganharam a guerra do vietname. simplesmente foram perdendo soldados aé que houve acordos de paz e retiraram de lá os soldados em 73.

acho que se fala muito do 11 de setembro porque foi o ataque terrorista que mais vítimas fez, porque foi espectacular, ainda que num mau sentido, porque marcou o arranque da luta contra o terrorismo, porque deu início a um período de falta de confiança, logo, de crise mundial e, principalmente, porque se passou nos estados unidos, o país que mais se publicita e que maior influência tem (actualmente) na nossa (ocidental) cultura.
tu sabes tudo sobre as guerras em que os estados unidos se envolvem e pouco ou nada sobre as outras. sobre os conflitos em áfrica, sobre o que se passou no bloco de leste, sobre tudo o que a china vai deitando a mão. os estados unidos vivem muito do mediatismo, das lendas, do ícones. e exportam-nos. temos as mensagens deixadas nos atendedores, os bombeiros heróis, os que sobreviveram, os que morrem ainda agora com doenças respiratórias, as filmagens feitas pelas handycams dos turistas, imagenas de dentro dos edifícios antes de ruirem. os que se safaram porque estavam com a amante, tudo. e isso, como seria de esperar, marca-nos com uma pujança brutal.

o facto de não recordarmos outros aniversários não quer dizer que a nossa memória seja curta, mas que nos lembramos sempre do que nos está mais próximo. é como relembrarmos sempre o aniversário do massacre de santa cruz, em timor. e não foi o mais destruidor de sempre.

e, sim, se quiser tirar da cartola uma teoria da conspiração nada improvável, direi que deu muito jeito aos eua – pelo poder que deu ao governo tanto a nível de política interna como externa – e ao partido republicano – que conseguiu encontrar aí todas as soluções para dar a volta à governação ridícula do bush até então.


gosto muito desta discussão, com diferentes visões, defesas acesas e murros nas mesas.
só uma chamada de atenção: cuidado raul porque, desde que guiaste o colin powel, a cia tem-te de rédea curta e não podes pôr na net tudo o qu te dá na veneta.

12/9/06 18:41  
Blogger Raul said...

Granda Zé, Q e Mary, gostei das respotas, e também gosto destas "dizputas" de opiniões.
Zé, quando disse "os americanso só não têm um feriado no dia em que ganharam a guerra do vietnam porque não foram capazes de o fazer." não foram capaz de 'fazer' a vitória na guerra, e não o feriado...sei bem que eles não a ganharam. Gostei da tua opinião Q em que, também o Zé fala, da força e do impacto do terrorismo. Este ataque foi sem duvida um alarme que soou bem alto, talvez alto de mais, para acordar o mundo para uma ameaça que talvez tenha sido deixada de lado

13/9/06 01:38  

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